Partida: 30/06/2004 - Retorno: 31/07/2004
Esse foi o grande sonho, aquela que parecia estar bem distante, de repente estava acontecendo. Foi emoção em cima de emoção. Começamos a preparar a viagem em janeiro de 2004, para sairmos no dia 30 de junho. Todos diziam que seria loucura e que não chegariamos devido ao frio e a neve. Mas estavamos certo que seria o melhor mês, gostamos de frio e a experiência com a neve poderia ser gratificante. Mas todos que conversavamos a respeito, diziam que eramos loucos. E a loucura aconteceu e ocorreu tudo melhor que esperavamos. Nossa grande aventura está nas próximas páginas.
Data: 08/07/2004 22:00:00 - Kilometragem 373Km
Dia 08-07-04 Km 372 – Osorno - Villa La Angostura.
Levantamos cedo, queríamos ver o vulcão Osorno. Pegamos a estrada e começamos a admirar a paisagem lindíssima que estampava em nossos olhos. As máquinas não pararam de disparar seus botões. A estrada possuía árvores em suas laterais que lembravam a estória de Branca de Neve e os Sete Anões.
Depois de passarmos por Porto Octay, que é uma cidade de veraneio chilena, muito bonitinha. Ela tem um estilo diferente, não sei se chileno ou alemã, devido sua colonização. Como ela não estava no nosso itinerário e o tempo já era curto, não pudemos aproveita-la como deveria.
Seguimos em frente à caça do vulcão, pegamos uma estrada de chão, estreita, com uma vegetação que muitas vezes cobria-a. Começamos a subir em direção ao vulcão, e para nossa surpresa a neve começou a cair de uma forma muito forte, e quanto mais subia mais forte ficava. Encontramos a polícia florestal do Chile, que nos comunicou que não poderíamos ver o vulcão, a neve não deixaria, nem chegar perto, nem ter visibilidade para vê-lo.
A Ana Paula e o Walfredo caíram na folia da neve, brincavam que nem crianças. Luciene não pode se divertir muito, pois estava passando por uma rinite forte, devido à calefação do hotel.
Seguimos viagem de volta à Argentina. Já passava do meio dia e o almoço tinha que ser feito no carro, pois à aduana do Chile fecha às 17h como haviam informado.
Chegamos na aduana às 17h e descobrimos que o verdadeiro horário de fechamento era 19h e não 17h como haviam dito. Tínhamos ainda pela frente a aduana da Argentina que fica a 16 km.
À medida que íamos subindo as Cordilheiras a estrada ia sumindo, e o Flecha parando, para as brincadeiras, numa neve branca e fofinha. Foram várias paradas, para fotografia e brincadeiras até que sem perceber o Flecha saiu fora da estrada e afundou numa neve fofinha, essa, porém ordinária.
Ficamos tentando tira-lo dali ,mais ou menos uma hora, todos cavavam para retirar a neve, mais na mesma proporção ela caia de volta. Até que uma hora conseguimos tira-lo do atoleiro.
Sentimos medo de não conseguir sair dali. Já estava escurecendo, não passava ninguém. Descobrimos a medida que descíamos a cordilheira que todos estavam como a ente atolados. Foi ai que sentimos a necessidade de ter um guincho.
Saímos do sufoco com frio e fome, pois ainda não tínhamos almoçado. Chegamos na Aduana Argentina por volta da 20h, os argentinos foram bem camaradas e procuraram fazer todo o tramite rapidinho para nos liberarem. O Flecha parecia estar vestido de papai Noel, de tanta neve que tinha.
Seguimos viagem para Villa La Angostura. No caminho vimos vários hotéis e pousadas, mais só que de alto luxo, chegamos até a cogitar em ficar, mais só a janta sairia por pessoa 24 pesos. Fomos para o centro e resolvemos primeiro jantar.
Enquanto Luciene e a Ana Paula esperavam a comida, Walfredo deu uma volta nos arredores para ver hotel e achou um bem pertinho dali. Na janta para passar o frio tomamos um vinho tinto seco Santa Julia, que por sinal caiu muito bem.
Saímos para registro no hotel, estávamos cansados, mais mesmo assim Ana Paula e Walfredo saíram do hotel para comprar chocolate caseiro, voltaram correndo pois o frio na rua era muito, nesta noite deveria estar em torno de - 5 graus.